Saúde em Franco da Rocha entra em colapso: Quatro morrem à espera de UTI

A equipe de reportagem da Rede Globo esteve, durante a manhã de quinta-feira (11), na UPA de Franco da Rocha para mostrar que o sistema de saúde da cidade já entrou em colapso.

Pelo menos quatro pessoas morreram na quarta-feira (10) enquanto aguardavam a liberação de leitos intensivos. Um paciente também morreu, na fila de espera dos leitos de UTI, na cidade de Francisco Morato.

Na maioria dos casos de mortes na fila de espera, as prefeituras ou os hospitais responsáveis pelos pacientes informaram que as vagas de UTI tinham sido solicitadas por meio do sistema estadual de regulação de leitos, o Cross, mas que os pedidos não foram atendidos, alguns por indisponibilidade de vagas, outros por impossibilidade de fazer a transferência de pacientes em estado grave.

Enquanto isso, o comércio permaneceu aberto, quase sem restrições. Lojas de tintas, docerias, bares e sacarias funcionavam normalmente, mesmo com as proibições da fase vermelha. A circulação de pessoas e veículos também permaneceu intensa durante todo o dia.

O Hospital de Campanha que havia sido montado no Parque Municipal Benedito Bueno de Moraes foi desmontado ainda no ano passado com a justificativa de que a estrutura existente já era suficiente para suportar a demanda de pacientes.

Em nota, a Prefeitura de Franco da Rocha esclareceu que a cidade conta com 30 leitos de média e baixa complexidade no centro de atendimento 24h para pacientes com Covid-19 e mais 6 leitos de retaguarda no prédio central da UPA para pacientes em quadros clínicos mais graves.

O Estado de São Paulo teve, na quarta-feira (10), a maior média móvel de mortes de toda a pandemia. O índice superou o recorde de agosto de 2020, quando chegou a 289 mortes diárias, pelo terceiro dia seguido.

Atualizada às 15:23 de 12 de março para acréscimo de informação.