Zona Vermelha: Imprensa tem mais liberdade no Timor Leste do que no Brasil

Foto: Reprodução
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Você se lembra do Timor-Leste? Quem cresceu entre o meio da década de 80 e o começo dos anos 90 e acompanhava o noticiário, certamente recorda deste nome. Localizado no Sudeste Asiático, o país passou por uma sangrenta guerra civil, que resultou, no final da década de 90, na morte de algumas centenas de milhares de pessoas que lutaram pela independência da nação.

O Timor-Leste é apenas um dos 110 países que estão à frente do Brasil quando o assunto é a liberdade de imprensa, publicado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras.

Nosso país caiu quatro posições em relação ao último relatório divulgado e esta é a quarta queda e quatro anos e, pela primeira vez em 20 anos, o Brasil está na chamada “Zona Vermelha”, o que representa sérios riscos à atividade jornalística.

Em toda a América, o Brasil aparece como o 8º pior país em liberdade de imprensa, à frente apenas de Colômbia, Cuba, Honduras, México, Nicarágua, Guatemala e Venezuela.

Segundo a ONG, o presidente Jair Bolsonaro tem forte participação nesse resultado. De acordo com o relatório

“O presidente Bolsonaro, sua família e vários membros de seu governo insultam e humilham constantemente alguns dos principais jornalistas e meios de comunicação do país, alimentando um clima de ódio e suspeita em relação ao jornalismo no Brasil”.

Relatório “Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa 2020”, da ONG Repórteres Sem Fronteiras.

Além disso, a concentração dos meios de comunicação nas mãos de famílias e de grandes empresas ligadas à elite política do país é outro fator que dificulta que jornalistas exerçam suas funções com imparcialidade e pluralidade, sem contar processos judiciais abusivos a que muitos repórteres investigativos são submetidos.

Confira o Ranking na imagem abaixo:

Foto: Reprodução/Repórteres sem fronteiras

Com informações do Poder 360 e do G1.

Jornalista que gosta de História e, principalmente, de ouvir e contar histórias. Um curioso que já quis ser médico, arquiteto, designer de games e músico e encontrou no jornalismo uma forma de unir todas as suas paixões. E, de quebra, ainda encontrou mais uma: a fotografia, porque não basta conquistar pelas palavras. Imagens ainda contam muito nesse mundo cada vez mais hiperconectado.

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