Leite materno de mulheres vacinadas possuem anticorpos contra a COVID-19

Foto: Breno Esaki / Agência Saúde
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De acordo com uma pesquisa publicada no dia 12 de abril, na revista científica americana The Journal of the American Medical Association (JAMA), foram identificados no leite materno produzido por mulheres que receberam a vacina, dois anticorpos específicos contra a COVID-19.

Os pesquisadores acompanharam um grupo com 84 mulheres em Israel, entre 23 de dezembro a 15 de janeiro deste ano.

Segundo a pesquisa, os anticorpos identificados no leite materno podem prevenir a infecção ou reduzir a gravidade dos sintomas nos recém-nascidos. No entanto, essa conclusão depende de novos estudos específicos.

Importante destacar que a pesquisa ainda não conclui se os bebês que tomarem leite materno com anticorpos, ficarão totalmente protegidos contra o novo Coronavírus.

“Os anticorpos encontrados no leite materno dessas mulheres mostraram fortes efeitos neutralizantes, sugerindo um potencial efeito protetor contra infecção em bebês”. Declararam os cientistas no artigo sobre a pesquisa.

Os pesquisadores coletaram o leite materno de mulheres vacinadas semanalmente, durante o período de seis semanas, a partir do 14º dia após a primeira dose da vacina. No total, foram colhidas 504 amostras de leite materno.

Os dois anticorpos encontrados foram IgA e o IgG. Na primeira semana, 61,8% apresentaram anticorpos IgA. Após a segunda dose da vacina, esse percentual subiu para 86,1%. No caso do anticorpo IgG, os níveis das células de defesa contra a doença permaneceram baixos durante as três primeiras semanas e aumentaram durante a quarta semana, após a segunda dose da vacina. Entre as semanas 5 e 6, 97% das amostras de leite materno testadas apresentaram o anticorpo.

A primeira dose da vacina ensina o corpo a reagir a doença, já a segunda é responsável por estimular o corpo a produzir um número maior de anticorpos.

Todas as mulheres que participaram da pesquisa receberam as duas doses do imunizante fabricado pela Pfizer-Biontech, respeitando o período determinado, com intervalo de 21 dias entre as doses aplicadas. As amostras de leite materno foram colhidas antes e após a vacinação.

 

Com informações do G1 e JAMA.

Jornalista com experiência na gestão de mídias sociais, produção de reportagens impressas e digitais, planejamento e execução de eventos, além de conhecimento no segmento fotográfico.

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