Caieiras, Cajamar, Olímpia e Guarujá: o que se sabe sobre os novos aeroportos de SP?

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Nas últimas semanas, foram anunciados investimentos em novos aeroportos no estado de São Paulo. Com Guarulhos e Congonhas sobrecarregados, novas alternativas podem ajudar a desafogar esses locais. Veja a seguir o que se sabe até agora e onde eles ficarão.

Caieiras e Cajamar

  • Um terreno entre as cidades de Cajamar e Caieiras, a cerca de 40 km da capital paulista, poderá se tornar terceiro aeroporto de grande porte de São Paulo. Ele já foi chamado de Nasp (Novo Aeroporto de São Paulo), e era capitaneado pela concessionária CCR que, em 2023, arquivou a ideia.
  • Em entrevista à revista Exame, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que está conversando com a empresa e que já montou um grupo de trabalho no ministério para desenvolver o projeto. Anteriormente, o local tinha expectativa de receber voos nacionais e internacionais. A capacidade prevista era de até 50 milhões de passageiros por ano, mais do que o operado atualmente no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, que movimentou cerca de 40 milhões de passageiros em 2023.
  • As pistas do Nasp, conforme planos à época, teriam 3.500 metros de extensão. Isso é maior que aquelas de Congonhas (SP) e do Santos Dumont (RJ), permitindo que o local recebesse o maior avião de passageiros do mundo, o Airbus A380.
  • Na visão do ministro, o novo aeroporto entre Caieiras e Cajamar serviria para transporte de cargas e de passageiros. A região é forte no setor logístico, com vários centros de distribuição, além de ser cortada por rodovia e linha de trem.
  • Em nota, a CCR descartou a intenção de construir um novo aeroporto em São Paulo como já havia ocorrido em 2023, mas que poderá colaborar com o governo. Veja o posicionamento da empresa:
“O Grupo CCR tem como estratégia em sua plataforma de aeroportos a execução de um plano de quase R$ 2 bilhões em obras de modernização e melhorias nos 15 aeroportos que compõem os Blocos Sul e Central, sob sua concessão desde março de 2022, e não tem planos de investir na construção de um novo aeroporto em São Paulo. Entretanto, como possui estudos detalhados sobre o empreendimento, além de um terreno adequado ao projeto, o Grupo está aberto a colaborar com as autoridades setoriais compartilhando conhecimento e informações que possam auxiliar no desenvolvimento desta iniciativa”.

Olímpia

  • A cidade turística de Olímpia (SP), a cerca de 430 km de distância da capital do estado, também deverá receber um novo aeroporto nos próximos anos. A região é um polo turístico e aquático, e deve abrigar até 2026 o Aeroporto Internacional do Norte Paulista, que será construído pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária).
  • Um aeroporto de grande porte na cidade encurtaria o tempo de ligação com a cidade de São Paulo, das atuais cinco a sete horas de viagem para apenas uma de avião. A pista do local tem previsão de atingir mais de 2.000 metros de extensão, maior do que a do aeroporto de Congonhas.
  • O governo federal já destacou um total de R$ 104 milhões do orçamento da União de 2024 para o projeto. O aeroporto ficará a 20 km da cidade, próximo a duas rodovias, segundo informou a prefeitura do município.

Guarujá

  • No final de fevereiro, a Prefeitura do Município de Guarujá anunciou o início da primeira fase do Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá. Ele ficará na Base Aérea de Santos que, embora tenha esse nome, fica localizada no território da cidade vizinha.
  • Serão feitas obras no local, como a readequação da pista principal, instalação de sistema de drenagem, reforma de pistas de taxiamento, entre outras. Quando as obras estiverem concluídas, o local poderá receber voos de aeronaves para até 72 passageiros, anunciou a prefeitura.
  • O projeto também não é novo. Uma das previsões era de que o local já estivesse funcionando em meados de 2019, o que não ocorreu.
  • Local irá dividir a pista para operações civis e militares. De um lado do aeroporto, ficará a base da Aeronáutica e, do outro, o terminal de passageiros.
  • Prática é comum no país. Aeroportos como os de Guarulhos (SP), Brasília (DF) e o Campo de Marte, na capital paulista, mantém uma operação mista, com bases e terminais de passageiros localizados na mesma área.
Com informações: Uol

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