Por Edgar Ribeiro
Ontem (16), uma das mais duradouras promessas do futebol brasileiro, Vinicius Junior, fez uma bela exibição no Alfredo Di Stéfano, na partida de volta das oitavas-de-final da Liga dos Campeões diante da superestimada Atalanta.
Iniciando como titular, o moleque distribuiu caneta, chapéu, belos dribles e foi a maior válvula de escape pela ponta esquerda do Real, que abriu o placar numa saída de bola errada do arqueiro Italiano e resultou em assistência de Modric para o interminável Benzema conferir.
Aos 6 minutos do segundo tempo, Vinicius Junior ainda na intermediária defensiva aplicou um drible da vaca no adversário, arrancou, tabelou com Mendy, rasgou o campo todo, se livrou de três marcadores e após avançar à marca do pênalti com a bola dominada, finalizou para fora.
Vini ainda sofreria o pênalti que liquidou de vez a partida em cobrança de Sergio Ramos antes dos números finais, 3 a 1 para o Real. O brasileiro foi substituído lá pela metade do segundo tempo com a classificação garantida e um gostinho de que poderia ter sido uma noite memorável.
A atuação de ontem do garoto retrata bem o atual momento do futebol brasileiro, maior fábrica de talentos do mundo. Liso, ninguém o encontra no um contra um. Contudo, seu ponto fraquíssimo é, nada mais nada menos, que um dos fundamentos mais básicos que um atacante precisa, a finalização.
Vini Jr. tem potencial e seria titular absoluto do poderoso Real se sua finalização tivesse mais qualidade. Nada de Asensio, Isco ou qualquer outro no elenco, joga mais bola do que os brazucas Vini e Rodrygo, que entrou ao longo da partida.
Contra eles, e contra nós, mantemos a deficiência nos fundamentos, na capacidade de compreensão e disciplina tática.
Se o futebol profissional fosse o golzinho na rua da minha infância, já teríamos facilmente duas ou três Copas do Mundo a mais na galeria. Porém, atualmente já está claro que um time ótimo ou bom costuma se dar melhor sobre um time medíocre com dois ou três craques.
Textos de opinião não refletem, necessariamente, a opinião do Expresso Urbano.
Excelente texto! Vini Jr lembra muito o Robinho quando chegou ao Real. Extremamente habilidoso, mas nem tanto eficiente em finalizações.