População pede a reabertura do antigo pronto-socorro do Juquery

Diante do desespero pelo grande número de pessoas acometidas pela Covid 19 na região e, em especial, pelas mortes ocorridas pela falta de leitos de UTI, a população de Franco da Rocha e região está sendo mobilizada por um abaixo-assinado que pede a reabertura do hospital ERSA 14 (antigo Juquery).

Idealizado por Claudinei Borges da Cruz, o documento endereçado ao governador João Dória, já registrou mais de 2500 assinaturas e continua a ser compartilhado nas redes sociais.

O antigo ERSA 14 ou DIR IV estava localizado dentro do Complexo Hospitalar do Juquery e atendeu a população de Franco da Rocha e região durante décadas. No entanto, as instalações do antigo Pronto Socorro e entorno estão deterioradas há anos e, para que pudessem ser utilizadas, teriam que ser completamente reformadas, ainda mais levando em conta que grande parte dos prédios é tombada pelo patrimônio histórico.

Entretanto, segundo informações extraoficiais, os últimos 30 pacientes psiquiátricos do setor de acamados do Juquery foram transferidos para a Fazenda São Roque e as instalações do pavilhão onde eles permaneciam foram completamente reformadas, recebendo equipamentos médicos modernos, incluindo cilindros de oxigênio. Este local, que fica ao lado do Hospital Estadual Dr. Albano da Franca Rocha Sobrinho, também dentro do Complexo Hospitalar do Juquery, abrigará mais 20 leitos de Covid 19. Até mesmo uma equipe médica já estaria sendo contratada para atuar no local.

Na última quarta-feira, os cinco prefeitos da região anunciaram que, a partir da segunda-feira (22), seriam disponibilizados 20 leitos de UTI e 12 leitos de enfermaria dentro do Hospital Estadual Albano, número que já se mostrava insuficiente tendo em vista o colapso em que o sistema de saúde das cidades se encontra.

No entanto, na noite de ontem (22), a prefeitura de Franco da Rocha publicou em suas redes sociais que continuava aguardando, por parte do Governo do Estado de São Paulo, a disponibilização dos leitos em questão, que deveriam atender prioritariamente os pacientes da nossa região infectados com Covid-19. Na ocasião, 21 pacientes internados no hospital de campanha aguardavam transferência para a UTI e tinham sido registrados mais três óbitos de pacientes que não conseguiram a vaga a tempo.

No total, 18 pessoas morreram, só em Franco da Rocha, por falta de leitos na UTI.